"Referirmo-nos à infância permite-nos dar resposta a algumas questões directamente relacionadas com a necessidade de ajudar a criança a ver-se como sujeito da sua própria aprendizagem.
Mas a que criança nos referimos? Será que todos nos baseamos num conceito de criança comum? Nas representações de cada um de nós, as crianças serão todas iguais? Se sim...em que aspectos? Se não...em que se diferenciam? E a escola, de um modo geral, a que crianças procura dar resposta? Será esta escola um espaço de respeito pelas diferenças ou de construção da homogeneidade?
Tanto quanto possíve, é importante, através da reflexão crítica, pensar nestas questões e procurar dar-lhes resposta, analiando, em primeira instância, que representações sociais tem cada um de nós e, consequentemente, transmite às crianças em situações concretas da sua prática educativa. É imprescindível que a criança seja efectivamente uma criança real, a criança que, quotidianamente encontramos nos espaços educativos para assim podermos compreender as suas necessidades, interesses e identidade.
Dar-nos esta possibilidade implica rever a visão que temos sobre a infância e transformá-la num objecto de estudo e de reflexão constante.
Trata-se, acima de tudo, de pedir aos educadores que formem adultos reflexivos, com capacidade para pensar antes de agir e realizar-se a si mesmos tendo como eixo valores que os levem a procurar uma sociedade melhor, pois aqui reside um dos mais profundos sentidos da profissão docente, da nossa profissão."
In, A nossa agenda de planificação 2009/2010, Revista EDUCADORES DE INFÂNCIA
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